A campanha publicitária televisiva da Media Markt, com o slogan «Eu é que não sou parvo», considerada ofensiva pelos escuteiros, foi suspensa e será substituída por outra «menos caricaturada».
Fonte da Media Markt assegurou hoje à Agência Lusa que a empresa decidiu «parar com a campanha, tal como estava», através de «um consenso» obtido durante uma reunião responsáveis de corpos e associações de escuteiros.
«A Media Markt ainda não pensou como prosseguirá a campanha», afirmou a fonte, assegurando que será «menos caricaturada» e «mais suave».
Em comunicado, o Corpo Nacional de Escutas (CNE) afirma aguardar «oportunidade de nova reunião» com a administração da empresa para «acompanhar a evolução deste processo», depois de ter remetido um ofício à empresa denunciando a campanha «clara, objectiva e intoleravelmente ofensiva para os 80.000 escuteiros portugueses e suas famílias».
O CNE solicitava «a suspensão imediata da referida campanha publicitária e a cessação da menção aos escuteiros», caso contrário teriam «de agir judicialmente, quer civil, quer criminalmente».
Já a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP), que também havia repudiado e pedido a suspensão da campanha, assegurou à Lusa que «os pressupostos que motivaram as acções» junto dos «tribunais e da tutela, mantém-se», mesmo com a suspensão da campanha.
Já Nuno Castela Canilho, dirigente do Agrupamento de Escuteiros 1037 da Mealhada, e primeiro signatário de uma petição na Internet contra a campanha, que reuniu mais de 7.500 assinaturas, realçou a «vitória do bom senso».
«A campanha foi despropositada, não beneficiou ninguém e maltratou um conjunto de pessoas», disse hoje à Agência Lusa Nuno Castela Canilho, lamentando «que a empresa tivesse de esperar quase 15 dias para suspender os anúncios».
«Nunca esperei que mobilizasse tantas pessoas», admitiu o dirigente, frisando que «nas escolas, a piada da parvónia, colou nalguns sectores e alguns miúdos foram gozados, por causa do spot».
Além da personagem do escuteiro, a campanha apresenta outros três «cidadãos da Parvónia» de visita a Portugal, anunciados como o presidente e a miss deste país imaginário e ainda um general, e referia: «todos os cidadãos da Parvónia têm como principal característica a sua parvoíce. São desligados do mundo, vivem no antigamente e basicamente... são parvos!».
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In PortugalDiário
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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